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Professor de Física da EE Zuleika de Barros

segunda-feira, 28 de março de 2011

Atrito derruba Teoria do Calórico

Com o objetivo de testar a teoria do calórico, Rumford realizou várias experiências. Uma primeira desconfiança dessa teoria ele teve quando era Ministro da Guerra, na Baviera. Ao inspecionar a fabricação de canhões de bronze, observou que os blocos desse metal tornavam-se incandescentes à medida que a broca os perfurava; e mais ainda, que o bronze continuava a esquentar mesmo que a broca estivesse cega. Ora, segundo aquela teoria, o bronze esquentava-se ao receber o calórico da broca, uma vez que esta, quando afiada, não tinha capacidade de retê-lo, transferindo-o, portanto, ao canhão. Assim, como explicar que o canhão se esquentava mesmo quando a broca não apresentava mais fio? Convencido de que o calor era gerado devido à fricção, Rumford realizou a seguinte experiência. Mergulhou na água um canhão a ser perfurado, a fim de que o calor produzido pela broca passasse a esse líquido. Em seguida, atrelou uma parelha de cavalos ao eixo da broca, fazendo-a girar. Depois de mais de duas horas e meia girando com a broca, o movimento dos cavalos havia fervido a água da mesma maneira que a broca fizera ao perfurar o canhão. Em vista disso, em trabalhos publicados em 1798 (Philosophical Transactions of the Royal Society of London 88, p. 80) e 1799 (Philosophical Transactions of the Royal Society of London 89, p. 179), Rumford escreveu, em resumo, que: O calor é uma forma de movimento, e não tem peso. Conclusão semelhante a essa foi obtida pelo químico inglês Sir Humphry Davy (1778-1829) ao realizar, ainda em 1799 (Nicholson´s Journal 4, p. 395), experiências sobre a produção de calor por atrito.

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